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Entenda por que o número de demissões por justa causa é recorde nesta primeira parte do ano

O mercado de trabalho aquecido levou ao recorde de demissões por justa causa no início deste ano. Os números absolutos chegaram a 39.511 em janeiro, 11,5% acima dos 34.131 de dezembro e 25,6% a mais do que os 31.454 desligamentos desse tipo em janeiro de 2023, segundo levantamento da LCA Consultores.

Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o total de desligamentos do tipo chegou a 35.667, o que representa uma alta de 25,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando houve 28.310 desligamentos.

Economistas atribuem a alta ao dinamismo do mercado de trabalho, com grande número de admissões e desligamentos e também a fatores culturais e conjunturais, ligados ao pós-pandemia.

Volta do presencial

“Essa volta ao trabalho presencial pode ter contribuído para esse recorde”, diz Bruno Imaizumi, economista da LCA responsável pelo levantamento.

Ele argumenta que as demissões por justa causa podem ter ocorrido com mais força por conta do comportamento de parte de alguns empregados no local de trabalho, no momento em que as empresas estão conseguindo avaliar e mensurar melhorar o desempenho de seus funcionários presencialmente.